Coligações e democracia
2 Comments Published by câmara dos comuns on segunda-feira, setembro 10, 2007 at 09:25.
De todo o período de verão o facto politico que mais me despertou o interesse foi o acordo politico BE / PS para a CML, pelo que significa e sobretudo pelo que pode permitir.
Que me recorde foi a primeira coligação minoritária da história da democracia e foi com toda a certeza a primeira coligação pos eleitoral que o BE integra.
À partida como explicar o interesse de uma coligação pos eleitoral minoritária com a extrema -esquerda?
Como bem assinala André Freire no Publico de 10 de Setembro, este facto é revelador de como pode evoluir o sistema de partidos. André Freire apresenta este acordo como um ensaio para coligações de esquerda plural em semelhança com a praticas de alguns partidos congéneres europeus.
Na verdade ono nosso sistema de partidos o PS não tem conseguido fazer coligações à esquerda o que provoca o que André Freire chama de enviezamento à direita do sistema de partidos.
André Freire apresenta aliás essa debilidade do sistema como um trunfo da direita que deseja que o PS não se consiga entender com a esquerda para ter de governar com a direita.
Percebo bem a mensagem de André Freire. Há de facto latente no nosso sistema de partidos o fantasma do "bloco central" e alguma "direita" desejosa de receber nos braços o PS para governar com ela.
É nessa lógica que vejo com sincera esperança (quem diria???) a coligação PS / BE. Que sejam muito felizes. O sucesso da vossa empreitada é o fim da lógica de bloco central que não é mais do que plasticina e de uma soma de interesses que trava as reformas necessárias.
É bom que em Portugal seja finalmente possível fazer coligações à esquerda e à direita com programas claros e distintos.
Se em vez de uma lógica bloco central + franjas tivermos uma lógica AD e "Esquerda Plural" é possível que se consiga inverter a tendência crescente da abstenção e que o sistema de partidos entre numa nova fase.
PPB
Que me recorde foi a primeira coligação minoritária da história da democracia e foi com toda a certeza a primeira coligação pos eleitoral que o BE integra.
À partida como explicar o interesse de uma coligação pos eleitoral minoritária com a extrema -esquerda?
Como bem assinala André Freire no Publico de 10 de Setembro, este facto é revelador de como pode evoluir o sistema de partidos. André Freire apresenta este acordo como um ensaio para coligações de esquerda plural em semelhança com a praticas de alguns partidos congéneres europeus.
Na verdade ono nosso sistema de partidos o PS não tem conseguido fazer coligações à esquerda o que provoca o que André Freire chama de enviezamento à direita do sistema de partidos.
André Freire apresenta aliás essa debilidade do sistema como um trunfo da direita que deseja que o PS não se consiga entender com a esquerda para ter de governar com a direita.
Percebo bem a mensagem de André Freire. Há de facto latente no nosso sistema de partidos o fantasma do "bloco central" e alguma "direita" desejosa de receber nos braços o PS para governar com ela.
É nessa lógica que vejo com sincera esperança (quem diria???) a coligação PS / BE. Que sejam muito felizes. O sucesso da vossa empreitada é o fim da lógica de bloco central que não é mais do que plasticina e de uma soma de interesses que trava as reformas necessárias.
É bom que em Portugal seja finalmente possível fazer coligações à esquerda e à direita com programas claros e distintos.
Se em vez de uma lógica bloco central + franjas tivermos uma lógica AD e "Esquerda Plural" é possível que se consiga inverter a tendência crescente da abstenção e que o sistema de partidos entre numa nova fase.
PPB
O PS sempre teve dificuldades em fazer coligações à esquerda e esse sempre foi a grande vantagewm da direita.
Já reparaste que o país é de esquerda mas a direita governou mais anos do que a esquerda?
Curioso ou talvez não.
Miguel Saraiva
Desculpa mas não concordo. O país é claramente de direita.
Aliás precebe-se isso nos paises, tendo em conta as ditaduras por que passaram (De direita ou de esquerda)