a câmara dos comuns

do Lat. commune: adj. 2 gén., que pertence simultaneamente a mais que um; normal; usual; feito em comunidade


A independencia energética

Para além das conhecidas questões da segurança que as centrais nucleares levantam e da eterna e por enquanto insolúvel questão dos resídos, sempre fui particularmente sensível a uma questão menos tratada. O problema da independência energética.

Portugal tem em relação ao petróleo uma enorme dependencia do exterior, que resulta de não produzir nada, e ter de consumir.

Esta dependencia de uma das principais fonte de energia, aconselha uma especial preocupação em manter uma certa independencia em relação a outras formas de energia particularmente à electricidade. De que forma? Sobretudo apostando num mix de fontes, na descentralização das fontes e em fontes que tenhamos condições para participar na cadeia de valor (Hidrica, Gás Natural, Termoelectrica, Eolica, Solar etc).

Ora o Nuclear representa tudo o que é contrário a essa opção - trata-se de uma grande fonte de energia e em relação à qual Portugal criairia uma segunda grande dependencia do exterior.

Na realidade a tecnologia nuclear está como nenhuma outra concentrada num pequeno grupo de potenciais fornecedores. Está no fundo na mão de empresas de 4 ou 5 paises. Uma eventual opção nuclear de Portugal iria criar uma segunda grande dependencia energética, a dependencia em relação a um número infimo de fornecedores de tecnologia nuclear.

A participação de Portugal na cadeia de valor da energia nuclear será nula ou residual face à complexidade tecnológica e às necessidades de segurança específicos.

PPB

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